Em matéria publicada no Extra on line, Martinho da Vila falou sobre a importância da pacificação das comunidades localizadas nos morros do Rio de Janeiro e que estão hoje tomadas pelo tráfico.
Para o cantor e compositor da Vila Isabel, a tensa espera por uma invasão, seja da polícia ou de uma facção criminosa inimiga, afastou as pessoas das comunidades:
— Antes, havia uma referência, um respeito com os moradores. Mas, quando o morro é tomado por outra facção, entra um pessoal que não conhece ninguém, estranha todo mundo e está com medo de todo mundo. Aí, não dá para ir, né?! Se você for, os próprios caras (do tráfico) falam: “É melhor você ir embora”. Estão todos sempre esperando uma invasão, de outra facção ou da polícia.
Na visão do sambista da Vila Isabel, devolver a paz às comunidades, é só início do processo de cidadania.
— Eu escrevi um livro, “Ópera Negra”, que falava sobre isso que está acontecendo. Não adianta subir a favela e depois ir embora. Tem que ocupar, mas não só com a polícia. Tem que levar avanços: escola, hospital. Devia ter um pessoal da Defensoria Pública também quando a polícia subisse, para ter uma outra abordagem — diz Martinho, que acredita que a pacificação une a cidade:
— Acredito que é um caminho bom e sem volta. Se isso tivesse sido feito tempos atrás, o Rio hoje seria uma cidade só. Há muito tempo existem duas: a favela e o asfalto.
Para o cantor e compositor da Vila Isabel, a tensa espera por uma invasão, seja da polícia ou de uma facção criminosa inimiga, afastou as pessoas das comunidades:
— Antes, havia uma referência, um respeito com os moradores. Mas, quando o morro é tomado por outra facção, entra um pessoal que não conhece ninguém, estranha todo mundo e está com medo de todo mundo. Aí, não dá para ir, né?! Se você for, os próprios caras (do tráfico) falam: “É melhor você ir embora”. Estão todos sempre esperando uma invasão, de outra facção ou da polícia.
Na visão do sambista da Vila Isabel, devolver a paz às comunidades, é só início do processo de cidadania.
— Eu escrevi um livro, “Ópera Negra”, que falava sobre isso que está acontecendo. Não adianta subir a favela e depois ir embora. Tem que ocupar, mas não só com a polícia. Tem que levar avanços: escola, hospital. Devia ter um pessoal da Defensoria Pública também quando a polícia subisse, para ter uma outra abordagem — diz Martinho, que acredita que a pacificação une a cidade:
— Acredito que é um caminho bom e sem volta. Se isso tivesse sido feito tempos atrás, o Rio hoje seria uma cidade só. Há muito tempo existem duas: a favela e o asfalto.
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